quinta-feira, 10 de outubro de 2019

EM LIVRO, FHC REVELA A GIGANTESCA INVEJA QUE SEMPRE SENTIU DE LULA


A coluna do jornalista Bernardo Mello Franco no Globo desta quinta-feira (10) informa sobre a publicação em breve do último volume dos “Diários da Presidência” de Fernando Henrique Cardoso. 
Os principais temas do livro são a eleição de 2002 e a transição para a posse de Lula. Para Mello Franco, "foi um processo exemplar, que lembra como a política brasileira já soube ser civilizada". 
Depois de narrar fatos que mostram como Lula e FHC se aproximaram, inclusive com eventos familiares, o livro narra também as reações negativas de FHC ao sucesso de Lula, reveladores da grande inveja que o ex-presidente sociólogo sentia do líder operário que se tornou presidente. 
Mello Franco destaca frases de FHC sobre o ex-líder metalúrgico: "O Lula é realmente um despreparado, além de ser grosseiro'”, desabafou, em outubro de 2001. “Ele é um clown. Foi um líder e hoje é uma réplica de si mesmo, e de quinta categoria. É patético”, esbravejou, seis meses antes. 
Mais adiante: “O Lula é boa pessoa, é intuitivo, mas não é preparado. Quando começar a falar, vai assustar todo mundo”, apostou, em agosto de 2001. Mello Franco assinala que FHC "parecia convencido de que o rival não conseguiria pilotar o governo". “Eu acho, e lamento dizer isso, que o Lula não está preparado para ser presidente”, sentenciou. “Não estudou nada, não trabalhou, não se aperfeiçoou”. 
Em outro trecho de sua coluna, Mello Franco relata a reação de FHC ao desempenho de Lula no debate final da campanha eleitoral: "FH assistiu ao último debate na TV do Alvorada. Achou Lula 'demagógico', mas reconheceu que sua vitória era irreversível. Depois da abertura das urnas, ele zombou do primeiro discurso do eleito. 'Mais parecia eu falando. Só que eu falaria com mais ênfase e talvez com mais graça, sem um documento nas mãos para ler' ”. 
E sobre a posse de Lula, a inveja aparece com sua expressão mais nítida: "No fim do diário, o presidente registrou seu incômodo com a festa em torno do sucessor. 'Curioso, não sei se fizeram uma entronização tão sacra assim quando fui eleito. Menos ainda quando fui reeleito', reclamou". Do Brasil 247
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