quinta-feira, 12 de maio de 2011

BAHIA TEM 10 MIL CASOS DE MORTES SEM SOLUÇÃO

No dia 3 de outubro de 2006, Maico Bruno de Carvalho Rios, 7 anos, saiu de casa, no Costa Azul, para brincar, como de costume, numa mansão abandonada em Jardim Armação. Dois dias depois, o corpo do menino foi encontrado boiando na piscina da residência. O caso está até hoje sem solução. A falta de testemunhas, a ausência de tecnologia adequada para colher provas técnicas, a burocracia e o insuficiente número de agentes são alguns dos problemas enfrentados pela Polícia Civil baiana para solucionar os inquéritos que apuram os crimes de homicídio.
Por conta das dificuldades, a Bahia amarga a quinta posição no ranking dos estados que possuem o maior volume destes inquéritos não solucionados. De 1990 a 2007, um total de 10.145 inquéritos policiais que investigam assassinatos cometidos na Bahia permanece sem conclusão.
O levantamento foi realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), com todos os estados do Brasil. Na listagem final, a Bahia perdeu apenas para o Rio de Janeiro (1º), Minas Gerais (2º), Espírito Santo (3º) e Pernambuco (4º). A estatística foi divulgada uma semana depois da Confederação Nacional dos Municípios divulgar que a Bahia lidera também o ranking de mortes por arma de fogo no país.
A delegada Maria Dail, que investigou a morte de Maico, contou ontem que os peritos criminais encontraram sinais de violência no pescoço da criança. “Porém, depois disseram que não tinham certeza, pois a lesão poderia ser proveniente de uma queda”, disse ela, atualmente delegada titular da 6ª DP, em Brotas.
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