domingo, 15 de maio de 2011

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO LIBERA LIVRO DIDÁTICO QUE DEFENDE ERRO DE CONCORDÂNCIA

Um livro didático para jovens e adultos distribuído pelo Ministério da Educação a 4.236 escolas do país reacendeu a discussão sobre a norma culta e o uso cotidiano da língua.
Um capítulo de “Por uma vida melhor”, elaborado pela ONG Ação Educativa, uma das mais respeitadas na área, diz que, na variedade, linguística popular pode-se dizer “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado”. E continua: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar os livro?’. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.
Segundo o Ministério da Educação, o livro está em acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
O texto dos PCNs afirma que “a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma ‘certa’ de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala”.
O linguista Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, critica os PCNs. “Há confusão entre o que se espera da pesquisa de cientista e a tarefa de professor. Se o professor diz que o aluno pode continuar falando ‘nós vai’ porque isso não está errado, então esse é o pior tipo de pedagogia, a da mesmice cultural”, diz. (Com informações da Folha).
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