segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

MUITOS QUE USUFRUÍRAM, AGORA RECLAMAM

Durante esses oito anos da administração do prefeito Dernival, sempre foi visível aos olhos da comunidade a forma nada ética e moral com que as inúmeras vantagens financeiras bancadas com o erário público em favor de um leque selecionado de pessoas que gozavam desse direito concebido pela generosidade do gestor, abusavam cotidianamente da humildade de  nossa gente, a ponto de parecer que nunca chegaria ao fim. Tudo era motivo de farra e ostentação, enquanto o povo de fora estava a observar.
No entanto, o final do governo de Dernival está causando uma reação que jamais poderíamos imaginar que ocorresse, principalmente, se tratando de gente que há alguns dias o idolatrava de maneira avassaladora, por ter recebido muitas benesses de ordem particular ou ainda tinha esperança de continuar a receber. Pois bem. Com o final das eleições de outubro, Dernival preparou uma grande "tábua de graxa"(termo usado para demissão em massa), e dispensou um número considerado de aliados que ocupavam diretorias e chefias na estrutura do governo, com a alegação de que os índices com a folha de pagamento estava lá nas altura. Então, ele propôs a quem quisesse ficar trabalhando, que seria de forma voluntária, sem direito a salário. Muitos chiaram no primeiro momento, mas, vale a verdade dizer que em nenhuma circunstância ele impôs que alguém fizesse o trabalho voluntário, diga-se de passagem. 

Só que agora, no apagar das luzes do seu governo o que se vê são muitos que antes o idolatravam, e hoje, destilam uma raiva incontrolável por não terem recebido seu salário que julgam ter direito, mesmo sabendo que estavam sendo voluntários. Ora, se aceitaram servir de voluntários, não há porque reclamar, convenhamos, né! Pessoas que hoje agem com esse comportamento estão de fato mostrando a sua outra face que se escondia quando tudo lhe favorecia, agora querem condenar? Não é justo. Seria o mesmo de querer quebrar o prato que comeu. Uma ingratidão alimentada de muita injustiça.
Dentre as grandes virtudes que um homem tem que ter na formação do seu caráter, sem dúvida, uma delas é o senso de justiça, alinhado a gratidão. Entretanto, o que testemunhamos é uma das maiores covardias que brotam da personalidade de algumas pessoas que não tem o  mínimo de gratidão em reconhecer quem lhe serviu, e por um longo período, muito bem. É lamentável!
Observador como ele é, Joaquim Babo já assiste com muita preocupação essa cena final que encerra o ciclo da era Dernival, protagonizada por essas pessoas que ainda ontem o endeusava.
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