Prefeito Dernival Ferreira ( Foto: Divulgação Facebook da PMI) |
Diz-se que Julio César tinha sempre do seu lado um serviçal cuja atribuição era a de se aproximar das orelhas do imperador para cochichar de tempos em tempos: “Lembra-te de que és mortal, César”. Imagine quantas turbulências seriam evitadas se, em vez de certos bajuladores, Dernival tivesse do seu lado alguém para lembrá-lo de vez em quando de que ele também está sujeito à condição humana. Ou será que tem e ele não prefere emprestar as orelhas para ouvir?
O itapitanguense não aguenta mais essa situação oscilante que leva para dentro do serviço público municipal o cidadão ou cidadã que quer prestar seus serviços, mas tem seu contrato interrompido de uma hora pra outra sem respeito nenhum aos direitos trabalhista. Uma humilhação. Submetido ao voluntariado, algumas pessoas aguardaram a promessa da decantada seletiva para ser contratado, mesmo que temporariamente trabalhar e prestar seus serviços à prefeitura. O prefeito resolveu inovar: optou pela terceirização da mão de obra, contratando a empresa terceirizada, Administração Pública e Gestão de Serviços Ltda -ME (Aqui) de Barra do Choça-Ba, para que fichasse os indicados por ele para prestar servições à prefeitura, ignorando a Lei Municipal N.447 de 23 de fevereiro de 2017 (Veja aqui) que autoriza a contratação por processo seletivo, que ele [Dernival] havia mandado à câmara em fevereiro, a qual foi aprovada após muitos debates sobre a redação original do projeto. Um grave problema estaria por vi, e de fato veio: a demissão em massa para colocar na conta da queda da arrecadação, é a falta de planejamento e de respeito com o cidadão que prestou seus serviços. Sabe-se que a empresa pagava em espécie (em dinheiro) e até hoje não se tem notícia de que nenhum prestador de serviços teve acesso aos seu contra-cheque ou cópia do contrato firmado com a empresa.Não duvide porque é verdade.
Faltou decididamente a Dernival um cochichador sensato e com independência para soprar na sua orelha, na hora da assinatura do contrato com a empresa: “ Isso não vá dar certo. Não mexas com a nossa gente, prefeito. Lembra-te de que és mortal e estás prefeito pela terceira vez.” Ou ainda: “Se beberes, não te aproximes das pessoas que foram dispensadas, porque eles irão te questionar porque o senhor não entregou os carros locados ao gabinete que o senhor desfila” Como ninguém ousou a avisar ao chefe, Dernival tascou sua rubrica no tal decreto que dispensou centenas de servidores que prestavam serviços à prefeitura, sob alegação da queda na arrecadação.
Qualquer pessoa está sujeita ao erro, mas só Dernival parece decidido a provar que tem vocação para o equívoco e botar a culpa em quem não tem, só pra se livrar. A desculpa que o gestor manda dá, é que em breve haverá seletiva, e quem quiser pode ser voluntário até a situação melhorar.Um prefeito pode conviver com o erro por descuido, mas não pode querer subestimar a inteligência alheia.
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