A delação premiada de Fumaro é uma bomba atômica contra a cúpula do PMDB e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Funaro afirmou na delação que “tinha uma conta corrente entre eu e Geddel. Às vezes eu repassava valores quando solicitado e às vezes fazia remessas mensais”.
Segundo ele, somente entre fevereiro de 2014 até maio de 2015 tem registros e comprovantes que repassou R$ 11,4 milhões a Geddel, provenientes de propina em negócios da Caixa onde o político baiano era vice-presidente.
Funaro apresentou documentos que comprovam que atuou para liberar junto à Caixa R$ 2 bilhões para uma concessionária do grupo Bertin na obra do Rodoanel de São Paulo. Nesta operação a propina foi de R$ 40 milhões. Segundo o delator foi dividida entre ele, Geddel e Eduardo Cunha.
Funaro apresentou documentos que comprovam o pagamento de propina, a pedido de Eduardo Cunha, aos seguintes políticos:
Michel Temer – R$ 1,5 milhão
Henrique Eduardo Alves – R$ 4,95 milhões
Sandro Mabel – R$ 2 milhões
Gabriel Chalita – R$ 9,8 milhões
Toninho Andrade (atual vice-governador de Minas Gerais (PMDB)) – R$ 9,8 milhões
Manoel Júnior – R$ 150 mil
Cândido Vaccarezza – R$ 700 mil
Soraia Santos (PMDB-RJ) – R$ 1 milhão
Alexandre Santos (ex-deputado do PMDB-RJ) – R$ 1 milhão
Marcelo Castro (PMDB-PI) – R$ 1 milhão
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