domingo, 24 de maio de 2020

RUI REAGE A FAKE NEWS ESPALHADA POR BOLSONARO SOBRE HOSPITAL ESPANHOL

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que as mensagens trocadas pelo presidente Jair Bolsonaro com o ex-ministro Sergio Moro podem ajudar em duas investigações que tocam, direta e indiretamente, o núcleo presidencial. O petista se referia à fake news espalhada pelo WhatsApp sobre a reabertura do Hospital Espanhol, em Salvador.
“Hospital Espanhol, em Salvador, é reativado pelo governador Rui Costa, teve sua ‘administração’ entregue gratuitamente e sem licitação ao INTS […]. Agora você sabe a quem pertence este INTS? É do filho do senador Oto [sic] Alencar! As refeições do hospital serão fornecidas pela empresa de quem? Do senador Ângelo Coronel, a um preço 6 vezes mais caro que o normal”, diz a mensagem enviada por Bolsonaro horas antes da reunião de 22 de abril.
Ainda de acordo com o texto, uma “médica amiga” teria participado de uma reunião da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) sobre a implementação dos leitos de diálise. Na ocasião, o secretário “Fábio Dantas” disse que “dinheiro não é problema”. “Nós temos 230 milhões para gastar com o covid! Vamos gastar! O covid não vai acabar nuncaaaaa!!!”, continua a mensagem.
Em seu perfil no Twitter, Rui lamentou que o presidente da República tenha compartilhado e enviado notícia falsa a um ministro da Justiça.
“Esse fato pode ajudar no inquérito aberto pelo STF e na CPI das Fake News do Congresso, que buscam identificar e punir os responsáveis pelo esquema criminoso de divulgar mentiras e calúnias”, escreveu o governador.
Bolsonaro é alvo de inquérito no Supremo que investiga suposta interferência política no comando da Polícia Federal. A troca de mensagens com o ministro, revelada por jornais como Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, é justamente uma das provas do processo.
Já a CPMI das Fake News no Congresso Nacional, comandada pelo senador Ângelo Coronal (PSD-BA), com relatoria da deputada Lídice da Mata (PSB-BA), apura o disparo de mensagens falsas. A investigação tem apontado a família Bolsonaro como criadora do chamado “gabinete do ódio”. É de lá que partem as notícias falsas contra adversários políticos da família do presidente.
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