Os sinais de desgaste provocado pelos 106 dias de greve dos professores da rede estadual de ensino estavam visíveis nos rostos, bolsos e ânimos dos docentes que participaram da assembleia-geral na última terça-feira (24), no Colégio Central em Salvador.
O cansaço foi admitido pelo próprio presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, que ponderou em entrevista que “a categoria está muito desgastada e debilitada”.
O corte de salários e a falta de perspectivas para a resolução do impasse provocam baixas na adesão do movimento e as estratégias para minimizá-las foram discutidas pelos docentes. “Se o companheiro estiver fraquejando, por dificuldade ou cansaço, a gente tem que pegar pelo braço e trazer de volta para o movimento e não se voltar contra ele”, defendeu Germano Barreto, professor de Feira de Santana, que discursou sobre formas de combate à desunião.
O balanço apresentado pela diretora da APLB na região cacaueira, Ruth Menezes, contrapõe os dados oficiais do Estado, ao indicar que, dos 27 municípios que compõem a regional, apenas em Ilhéus e Itabuna, “os dois maiores”, a greve continua. O principal entrave apontado é o corte de salários, já que a realização de bazares e campanhas para arrecadar cestas básicas não se mostrou suficiente.
Comente Agora!
Nenhum comentário:
Postar um comentário