A Bahia terminou 2019 com mais de 31 mil processos de violência doméstica em tramitação na Justiça. Os dados constam do Painel de Monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, divulgado na segunda-feira (9) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Segundo o levantamento, os registros de feminicídio quase dobraram de um ano para o outro: saltaram de 33 em 2018 para 58 no ano passado, um aumento de cerca de 43%.
Mudança de postura
A coordenadora do Movimento Permanente de Combate à Violência Doméstica do CNJ, conselheira Maria Cristiana Ziouva, diz que os dados sinalizam uma mudança de postura das mulheres. Segundo ela, as vítimas estão denunciando seus agressores.
A afirmação da especialista é refletida no aumento de medidas protetivas concedidas pela Justiça nos últimos dois anos: em 2019 foram atendidos 6.532 pedidos, ante 4.183 em 2018.
Já as decisões interlocutórias, em que não há uma sentença proferida, saíram de 18.601 para 15.567 de um ano para o outro.
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