Aproximadamente 50 milhões de brasileiros fazem parte do grupo de risco do coronavírus, segundo levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A estimativa se baseia no fato de que, pelo menos, uma em cada três pessoas, acima dos 18 anos, no Brasil, tem pelo menos um dos cinco principais fatores associados a complicações da doença. São eles: hipertensão, diabetes, problemas no coração, no pulmão ou idade acima dos 60 anos. As informações são do jornal O Globo.
Os números foram lapidados a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita em 2013. A coordenadora do estudo, Celia Szwarcwald, explica que este resultado demonstra que essas doenças afetam diversas faixas etárias e afirmou ao jornal que em uma tentativa de implantação do distanciamento vertical “você está colocando pessoas que têm problemas de saúde sujeitas a ser infectadas e ter gravidade na doença”.
A comorbidade mais comum entre os pesquisados é a hipertensão, com um total de 22,1% dos adultos diagnosticados. Ela atinge, em diferentes níveis, indivíduos de diferentes idades. Entre quem tem entre 18 e 29 anos, os doentes correspondem a 3%. O número salta para 9,9% na faixa de 30 a 39 anos. Vai a 21% de 40 a 49 anos e cresce para 35,7% de 50 a 59 anos. Com mais de 60 anos, os hipertensos são 51,1%.
No ranking, aparece ainda a diabetes, com 7%; doenças do coração, 4,2%; e enfermidades no pulmão, 1,8%. Algumas pessoas sofrem de mais de uma doença. Além disso, há um grupo de 7,3% de idosos que não declararam doenças, mas que estão no grupo de risco por possuir mais de 60 anos. No recorte de gênero, entre as mulheres o grupo de risco atinge 36,2% acima de 18 anos, assim como 30,4% dos homens.
Destaques preocupantes
Os maiores grupos de risco estão no Rio Grande do Sul, onde 37,8% dos adultos têm algum dos fatores apontados como agravantes da covid-19. Ainda segundo o estudo, a atenção deve ser redobrada nas unidades federativas onde a doença se alastra com velocidade. No Rio de Janeiro, com mais de 4,5 mil casos confirmados e 387 óbitos, o grupo de risco é pelo menos de 37%. Em São Paulo, com quase 13,9 mil casos confirmados e 991 mortes, 36% são mais vulneráveis.
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