Além de terem que dividir cotonetes, os empreiteiros detidos pela Polícia Federal através da Operação Lava Jato, vivem uma realidade bem diferente da que estavam acostumadas ao luxo. A Revista Veja desta semana traz detalhes da rotina vivida por presidentes, vice-presidentes e diretores de algumas das maiores empreiteiras do Brasil.
Começam por terem que decidir quem ocuparia os três beliches de alvenaria disponíveis nas três celas de seis metros quadrados cada uma. Adotaram um critério: quem for mais velho ficam com a cama e os mais novos, o chão.
Com duas semanas na prisão, os empreiteiros já se acostumaram com o dia-a-dia. Acordam cedo, empilham os colchões do lado de fora das celas e cobrem com lençóis. Criaram um espaço para se sentirem mais próximo de um longe – local conhecido como um salão para interagir e ficar relaxado. É neste espaço que passam a maior parte do dia onde também podem circular pelos corredores, já que as celas são trancadas apenas à noite.
O que ainda chama a atenção é que os prisioneiros não utilizam o uniforme da carceragem. Preferem continuar usando paletó, como o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini.
Outro problema é o banheiro. No último domingo, um deles entupiu e só poderia ser concertado na manhã da segunda-feira. Como não aguentavam o odor, o diretor-presidente da Galvão Engenharia, Erton Fonseca, se arriscou de encanador e salvou os companheiros de cela.
Ainda que presos, os empreiteiros possuem algumas regalias. Apesar de ser proibida a entrada de alimentação vindas de fora, um dos pratos servidos na última semana foi nhoque e peixe ao curry, sempre acompanhados de salada e suco instantâneo. A única bebida autorizada a entrar é água mineral. Mas os empreiteiros não deixaram o costume da ‘nobreza’ e chega à carceragem 300 litros da marca francesa Evian. Ainda chegou aos presos chocolate belga. Do Bocão News.
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