Foto ilustrativa: Google |
O resultado da eleição presidencial do segundo turno pode ter gerado uma oposição raivosa e inconsequente para a democracia, o desenvolvimento do país e particularmente para o segundo governo de Dilma Rousseff. A vontade de manter o palanque armado e os ânimos exalando ódio, por parte de uma minoria do PSDB pode ser um triste anuncio de que o que estar em jogo é realmente o desejo de que nada mude para o bem da nação. Eis então que as muralhas serão erguidas como um muro de propósitos que rechaça qualquer gesto do governo em dialogar com a oposição. A quem interessa isso? Obviamente, a uma parte do tucanato liderada pelo ex-candidato a presidente e senador Aécio Neves(PSDB) que saiu mais forte das urnas do que entro - já que nem mesmo boa parte dos aliados acreditavam no seu desempenho nessas eleições. Tudo, talvez para manter-se na vanguarda da trincheira da oposição, cujo o protagonismo irá ser disputado agora com o seus correligionários José Serra(eleito senador por São Paulo) e pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que se reelegeu com 57% dos votos válidos no primeiro turno, também deseja espaço no ninho tucano para alçar voos mais altos em 2018.
Desarmada, e ao mesmo tempo debruçada nos problemas que não são poucos a serem enfrentados para o final desse governo e inicio do outro que começa em janeiro de 2015, Dilma tenta mostrar que o país não está dividido e conclama a participação de todos, inclusive do próprio PSDB para um entendimento que vise a solução de muitos problemas, que podem e devem serem divididos com a responsabilidade da oposição. O porque não? Há quem afirme que o resultado apertado da disputa presidencial tenha causado uma ressaca eleitoral que serviu para alimentar esse desejo raivoso de negar qualquer forma de diálogo em prol do enfrentamento desses desafios. A exemplo disso, assim que Dilma propôs o diálogo, o ex-presidente FHC tratou de responder: "Depois de uma campanha de infâmias, fica difícil crer que o diálogo proposto não seja manipulação” De fato que a proposta é carregada de responsabilidades que talvez, Fernando Henrique não desejaria que houvesse êxito na solução de alguns problemas, mesmo que a essa solução viesse de propostas apresentadas pelos tucanos, ficaria o questionamento: Se der certo, só ela logrará êxito e nós não - deve presumir os tucanos. Um pensamento mesquinho para o tamanho da responsabilidade que os mais de 51 milhões eleitores depositaram a confiança no seu candidato para fazer tais mudanças. Cobrar do governo as mudanças que o país precisa fazer em todas as áreas que não tem obtidos êxito é perfeitamente legitimo e democraticamente correto. Uma democracia se faz com oposição mesmo. Obviamente esperamos que essa oposição compreenda que o seu dever primeiro deverá ser propositiva, em seguida, fiscalizadora e nunca raivosa.
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