Há tempos que muitos dos discursos dos vereadores, durante os debates na Câmara falam da falta de planejamento e organização na administração de Joaquim Babo, principalmente, os vereadores da oposição - Joel Fernando e Eduardo Reis. Só que dessa vez, a mais nova derrapada da cúpula do governo, irritou, e muito, a vereadora Núbia Almeida(PSB), que desabafou em plenário em seu discurso, na sessão desta terça-feira(17), afirmando que não iria se submeter mais a um desgaste de carregar o ônus de aprovar um projeto para contratação de pessoal a toque de caixa, sem os devidos esclarecimentos que precisaria ter para subsidiar os seus argumentos que justificasse o posicionamento em favor da matéria. O problema é que o prefeito enviou à Câmara em regime de Urgência/Urgentíssima, no dia 09 de março um projeto de lei que pede autorização do Poder Legislativo para promover contratação de prestadores de serviços pelo prazo de cinco meses, até a realização de Concurso Público para preenchimento dessas vagas. A matéria foi tratada com regime de urgência, onde a vereadora que Presidente da Comissão de Educação, Saúde e Serviços Públicos, tratou de reunir a Comissão para emitir parecer sobre a matéria, afim não perder o prazo que foi estabelecida pela Presidência da Casa, que havia comunicado, que só entraria em pauta se os pareceres das comissões permanentes fossem entregues até o dia 16, segunda-feira. Caso contrário, não aceitaria pareceres no dia da sessão.
Na manhã da última sexta-feira(13), a vereadora tratou de protocolar na casa, o parecer da comissão, opinando pela aprovação da matéria. O diabo é que, foram identificados pela Secretaria de Administração e por alguns vereadores da base do governo, algumas correções que precisariam ser feitas no texto, dentre elas, o quantitativo de vagas, cargos e período da contratação. O prefeito convocou a maioria de sua bancada e avisou que precisaria retirar de pauta o projeto, que estava previsto para ser votado e tratou de oficializar à presidência, dentro do que rege a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Casa. Oficializado a retirada na segunda-feira(16) e devolvido pela administração devidamente corrigido na terça-feira(17), a matéria não poderia ser mais votada na terça-feira(17), como estava antes, previsto. Lido então os oficios de retirada e devolução do projeto emitidos pelo prefeito, a vereadora, passou a tomar conhecimento já em plenário e acabou se irritando com a falta de planejamento e articulação política do governo, afirmando que não era justo que ela não tivesse sido avisada sobre tais procedimentos adotados por parte do governo. Foi aí que associado a seu pensamento, Nubia levou consigo o apoio da vereadora Rildes Magalhães, que também não gostou de não ter sido comunicada pelo governo. Gerou-se então, um acalorado debate entre vereadores da própria base do governo.
Para apaziguar os ânimos, o vereador Ró de Beto explicou aos demais vereadores o que havia ocorrido, e disse que utilizando do regimento, iria propor um Requerimento verbal solicitando a realização da sessão na quinta-feira(19), para discussão e votação do projeto, sem prejuízo da tramitação da urgência. O Requerimento foi apresentado, votado e aprovado pelos vereadores da base do governo.
Embora tenha se comprometido a votar favorável ao projeto, Nubia não escondeu a sua irritação com mais uma prova da falta de planejamento da administração e dos Assessores mais próximos ao prefeito.
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