Atrasos nos pagamentos das faturas de cartões de créditos geram juros que superam 330% ao ano. Pessoas das classes D e E, que recebem até 3 salários mínimos por mês ( até R$ 2.811), são as que mais atrasam as prestações, atingindo um percentual de 80% dos endividados, segundo levantamento da Boa Vista SCPC. Já a classe mais rica, com ganho mensal superior a 15 salários mínimos, concentra 1% dos atrasos. O gasto com itens de primeira necessidade é o principal uso que o brasileiro faz do cartão de crédito. Um estudo da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) com dados de setembro mostra que os alimentos aparecem na fatura de 50% desses consumidores. Em seguida, vêm os produtos de farmácia, consumidos por 37%. "Muitas vezes o cartão é a única forma de aquisição de bens e serviços possível para sobreviver”, diz a educadora financeira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial, Dora Ramos. Segundo ela, o desemprego e a renda mais baixa incentivam o uso do cartão como salário, ou seja, como fonte de receita, e não de dívida (crédito).
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