A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, criticou parte das decisões da Justiça brasileira e afirmou que ela "não é para todos". Em palestra para alunos das universidades de Harvard e MIT, nos Estados Unidos, no sábado (7), a PGR não mencionou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fazia discurso antes de ser preso por agentes da Polícia Federal em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
"Ela costuma atingir muito rapidamente para os que não podem pagar por advogados, em geral pessoas pobres, presas em flagrante e que ficam encarceiradas por longos anos. Todavia, a Justiça atinge, quando atinge, muito lentamente os que têm recursos financeiros para manter um processo aberto e interpor sucessivos recursos, que impedem uma condenação definitiva, ou (impedem) a pena de ser cumprida", disse a procuradora. "Os mais ricos não têm sido responsabilizados criminalmente pelos crimes de corrupção, e os mais pobres continuam à margem da proteção da lei quando se trata de direitos fundamentais", concluiu.
Comente Agora!
Nenhum comentário:
Postar um comentário