O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria ordenado ações da Polícia Federal enquanto era o juiz responsável pelos casos da Operação Lava Jato, em Curitiba. Isso é o que revela supostas conversas entre procuradores da força-tarefa, divulgado hoje (19) pelo site The Intercept Brasil, através do jornalista Glenn Greenwald que voltou, depois de um longo tempo, a ocupar-se pessoalmente dos novos episódios da “Vaza Jato”, a longa e chocante série de revelações das mensagens trocadas entre os procuradores da Força Tarefa de Curitiba, a PGR e policiais federais.
No chat de grupo da Lava Jato no Telegram, o ex-juiz Sérgio Moro, apelidado de Russo pelos integrantes da operação, é mencionado com solicitações. A interferência de Moro foi tanta que o delegado Luciano Flores, delegado da PF, diz, num dos diálogos, em tom jocoso que “Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”, aparece em um dos diálogos, atribuído ao delegado da PF Luciano Flores, em fevereiro de 2016, no grupo Amigo Secreto.
“Como assim?!”, respondeu outra delegada, Renata Rodrigues, ao que Flores comentou “Normal… deixa quieto…” e completou “Vou ajeitar… kkkk”.
Em outra conversa do mesmo grupo, em março, o procurador Roberson Pozzobon cita outro pedido de Moro, desta vez mencionando o nome dele. “Moro pediu parcimônia nessa apreensão. Acho que vale a pena ver exatamente o que vamos apreender”, escreveu ele.
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