O Ministério da Cidadania, comandado por Osmar Terra, contratou uma empresa de informática que, de acordo com a Polícia Federal, foi usada para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos entre 2016 e 2018. A Business to Technology (B2T) foi alvo da Operação Gaveteiro na quinta-feira (6) com o objetivo de apurar desvios de mais de R$ 50 milhões, entre 2016 e 2018, do extinto Ministério do Trabalho. O foco são contratos fechados na gestão de Michel Temer, mas, conforme o jornal O Estado de S.Paulo, a empresa também fechou negócio no governo de Jair Bolsonaro. O contrato com a pasta da Cidadania foi assinado em 19 de julho de 2019 no valor total de R$ 6,9 milhões, pelo subsecretário de Assuntos Administrativos da pasta, Paulo Roberto de Mendonça e Paula.
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou em 2017 fraudes milionárias no contrato do governo Temer com a B2T e recomendou naquele ano que o governo encerrasse o contrato com a empresa. A B2T, contudo, continuou fechando contratos com a União, inclusive na gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Na operação deflagrada mirando o extinto ministério do Trabalho, um dos alvos foi Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho no governo Temer e presidente da Funasa por indicação do atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Outro membro do gupo de Onyx atingido é seu ex-assessor Pablo Tatim.
De acordo com as investigações, a B2T foi uma contratação de fachada para fornecer serviços de tecnologia ao Ministério do Trabalho no governo Temer. A PF pediu o bloqueio de cerca de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Envolvidos no esquema poderão ser enquadrados nos crimes de organização criminosa, peculato, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, e fraude à licitação. Somadas, as penas, podem chegar a 40 anos de prisão.DO Brasil 247
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