Como reflexo da crise econômica no país, o índice de afastamento do trabalho em decorrência de doenças mentais subiu de 4% para quase 5% nos últimos três anos. Doenças como transtornos ansiosos e reação grave ao estresse cresceram ainda mais, cerca de 30% nesse mesmo período. De acordo com a Folha de S. Paulo, essas recessões prolongadas afetam a saúde mental da população, o que acarreta em prejuízos sociais e econômicos. Em períodos como esse há também uma procura maior por auxílios-doença, como aconteceu no final de 2015. "Os pedidos de auxílio-doença costumam aumentar em período de crise. Vimos isso, por exemplo, no período de crises que ocorreu entre 1999 e 2001", explicou o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Francisco Cardoso, ao jornal. Já o diretor do departamento de saúde ocupacional da Secretaria de Políticas da Previdência Social avalia que ainda é cedo para verificar o impacto da recessão nos números de licença, mas ressalta que o índice deve aumentar. "Não há a menor dúvida de que uma crise econômica gera impactos sobre os aspectos emocionais e afetivos de uma pessoa", considerou. A causa mais evidente é a ameaça de desemprego. Segundo dados do IBGE, entre o início de 2014 e o primeiro trimestre de 2016, o número de desocupados aumentou de 7 milhões para mais 11 milhões de pessoas.
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