A Polícia Federal concluiu que há indícios de participação do ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT) em esquema para empregar militares do seu partido como funcionários fantasmas de uma entidade que firmou convênios com a pasta federal. A PF pede a abertura de inquérito, que deverá apurar o desvio de R$ 11 milhões. A investigação da PF partiu de revelações de um ex-dirigente do PDT em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo em setembro do ano passado. Ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina, John Sievers, que à época era presidente do diretório estadual do PDT, contou que em 2008, a mando de Dias, recebia pagamentos mensais da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim (ADRVale), com sede em Brusque (SC) e comandada por pedetistas. Outros filiados ao PDT confirmaram que constavam da folha de pagamentos da ONG sem nunca ter trabalhado para ela. Em seu relatório, a PF pede a remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal, única instância que pode autorizar investigação criminal de ministros. Caberá à Justiça Federal em Santa Catarina decidir se envia ou não o caso à Corte em Brasília. Só após a manifestação do Supremo é que o ministro poderá ser o centro das investigações.
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