Dois coelhos Herman Benjamin entrou no TSE nesta terça (4) sabendo que seria derrotado. Era consenso que, se insistisse em negar o prazo pedido pela defesa, o caso poderia ser anulado. Por isso, o relator da ação que pode cassar o mandato de Michel Temer recuou. Só não contava que abriria espaço para o encaixe de novas testemunhas, o que vai alongar o processo. No fim, Temer obteve dupla vitória: tempo e a certeza de que nomeará não só um, mas dois dos nomes que julgarão sua cassação.
Consenso O Planalto e a cúpula do Congresso já esperavam uma mudança na rota do processo do TSE. Um ex-ministro consultado por uma das partes do caso resumiu o escorregão de Benjamin. É ponto pacífico, explicou, que juiz pode dar mais prazo para a defesa, mas nunca restringir o especificado em lei.
Incógnita Políticos de diversos partidos passaram o dia especulando sobre o que levou Nicolao Dino, representante da Procuradoria Eleitoral, a abrir, durante o julgamento no TSE, o acordo de delação firmado pelo publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura.
Tese vencedora A maioria acredita que Dino o fez para reforçar as conclusões que havia apontado em seu parecer anterior, quando isentou Temer de responsabilidade na captação irregular de recursos. Santana prestava serviços a Dilma, o que deve fazer da petista o foco de sua colaboração premiada. Da Folha de São Paulo.
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