Segundo a investigação da Polícia Federal, o depoimento sigiloso do empresário Joesley Batista, da JBS, encontrado na casa da jornalista Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), foi fornecido pelo o escrivão Márcio Antônio Camillozzi Marra.
Ele foi preso preventivamente na operação da PF em Minas que apura suposto esquema de vazamento de dados de investigações confidenciai. Além de Marra, outro escrivão da própria PF e três advogados de políticos e empresários foram alvos da ação.
Marra foi nomeado conselheiro do Cruzeiro Esporte Clube pelo advogado Ildeu da Cunha Pereira, que também está preso. O cargo no Cruzeiro seria uma compensação pelos vazamentos ilegais.
De acordo com a juíza Camila Franco e Silva Velano, da 4ª Vara da Justiça Federal em BH, "Andrea Neves (ou até mesmo seu irmão, Aécio Neves) não faziam parte das investigações do IPL 689/2018, que tramita em segredo de Justiça, razão pela qual não poderiam obter acesso, ainda que os documentos fosse obtidos legitimamente, dentro das prerrogativas dos advogados ou investigados que têm acesso aos autos".
Segundo a juíza, a documentação encontrada na casa de Andrea não tem assinatura. Portanto, só poderia ter sido acessada por um policial que detém senha especial, no caso o delegado ou pelos escrivães. "Tais fatos sugerem fortemente que a investigada Andrea Neves teve acesso a referidos documentos sigilosos por meios escusos", escreveu a magistrada. A informação é do Portal R7.
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