domingo, 10 de abril de 2016

A RECOMPOSIÇÃO DA BASE DE APOIO POLÍTICO À DILMA DEVERÁ CORRER COM A DERROTA DO GOLPE

Presidenciável do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, embora crítico do governo da presidente Dilma Rousseff, também prevê um cenário de caos no pós-golpe e afirma que o País não pode depositar suas esperanças no vice-presidente Michel Temer, que capitaneia o golpe junto com o senador Aécio Neves (PSDB) e seu correligionário Eduardo Cunha (PMDB-presidente da Câmara).
Ciro acredita, que passada a tempestade, Dilma conseguirá rearrumar a casa se conseguir superar os opositores no Congresso. 
"Basicamente, a presidente Dilma Rousseff precisa sinalizar para esse grupo que se sentiu enganado nas últimas eleições, entre eles eu, e buscar uma reconciliação com os grupos sociais e políticos que lhe deram a vitória. Precisa mudar radicalmente os rumos da economia, assumir um compromisso com a produção brasileira, com os trabalhadores do País, e confrontar o que precisa ser confrontado", diz Ciro Gomes em entrevista à Carta Capital.
Na avaliação do ex-ministro, não haverá governo estável no Brasil pelos próximos 20 anos, caso o impeachment seja aprovado pelo Congresso.
"Se esse golpe for consumado, não vejo mais a possibilidade de um governo estável pelos próximos 20 anos. Repare bem, a generalização da raiva e do ódio se dá por três grandes grupos. O primeiro é composto pelos eleitores frustrados do Aécio Neves, que nunca aceitaram a derrota nas urnas ou a atribuem a uma fraude, a uma mentira da campanha petista, não sem alguma dose de razão".
O ex-ministro cearense também critica a ex-senadora e presidenciável Marina Silva (Rede), quem vê como oportunista, por apoiar a ideia de antecipar as eleições presidenciais para este ano. "Isso é uma pura e simples marinice, um contragolpe com jeitão charmoso de chamar o povo para votar de novo". Do Brasil 247.
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