Três universidades públicas da Bahia registram em 2016 dez denúncias de falsos cotistas entre seus estudantes. Segundo o jornal Correio, as fraudes foram apontadas no campus de Santo Antônio de Jesus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista, e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus. A UFRB já possui quatro processos em andamento para analisar oito denúncias de uso indevido de cotas socioeconômicas e raciais. Todas são contra estudantes do curso de medicina que entraram na universidade no semestre 2015.2. Segundo o coordenador de ações afirmativas do movimento estudantil da UFRB, Antonio Bastos, o número de alunos irregulares pode ser ainda maior. "Diversos desses estudantes não têm a menor possibilidade de estar enquadrados na questão socioeconômica porque a família tem posse, questão financeira equilibrada e até carro importado”, afirma Bastos em entrevista ao Correio. Já na Uesb, estudantes cobram a investigação de 30 casos suspeitos, principalmente nos cursos de direito e medicina. Este ano, a estudante de medicina Maiara Aparecida Olívia Freire, 26 anos, foi condenada em primeira instância pela Justiça a dois anos de prisão por irregularidade no sistema de cotas. Ela se matriculou usando um comprovante de residência de uma comunidade quilombola. Após investigação, o juiz Clarindo Lacerda Brito, da 2ª Vara Criminal de Vitória da Conquista concluiu que ela nunca havia morado lá.
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