Em uma avaliação de seu governo, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ter cometido um "grande erro" ao promover uma ampla desoneração fiscal no Brasil. "Eu acreditava que, se diminuísse impostos, teria um aumento de investimentos", afirmou em Genebra, onde participa de um seminário. "Eu diminuí. Eu me arrependo disso, No lugar de investir, eles aumentaram a margem de lucro", acrescentou. Neste domingo (12), durante uma entrevista à TV pública suíça, Dilma voltou a pontuar seus erros durante o tempo que presidiu o país. Ela comentou ainda que uma das acusações que recebia era de que manteve uma política fiscal "mais frágil". Mas apesar de reconhecer o erro, a petista afirmou que as razões da crise econômica foram "subestimadas", culpando a queda no valor das commodities, o que teria afetado a arrecadação do Brasil. "Numa crise, todos precisam pagar. Mas quem paga? Um pato de seis metros de altura foi colocado nas manifestações, dizendo: eu não pago o pato. Mas quem colocou o pato? O presidente da Fiesp. O que quer dizer isso? Eu não pago impostos. Eu só quero cortes e mais cortes", ponderou. Na entrevista, Dilma também afirmou que seu impeachment estaria ligado a propostas que ela tinha de elevar a tributação. "Meu impeachment também foi por não pagar o pato e o pato eram os impostos", analisou.
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