Depois de 15 dias de forte greve nacional, com a paralisação de mais de 12 mil agências em todo o país, 1.076 somente na Bahia, a Federação Nacional dos Bancos apresentou, nesta terça-feira (20), em São Paulo, uma nova proposta de reajuste salarial de 7,5% e retirou o abono, de R$ 2,5 mil.
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou ainda na mesa de negociação. Mas, reafirmou que está aberto a negociar o aumento real dos salários. A Fenaban entendeu o recado, pediu intervalo e remarcou para quarta-feira (21), 11h, a continuidade das discussões.
O índice oferecido nesta terça-feira (20) está muito longe do reivindicado pela categoria – reajuste de 16%, que, segundo afirmam os bancários, não repõe a inflação, em 9,88%, e, portanto, continua impondo perda, de 2,38%.
Outras questões prioritárias, como o fim das demissões e a ampliação do quadro de funcionários para desafogar as agências, melhores condições de trabalho, fim das metas, e investimento em segurança foram novamente ignoradas.
Presente na negociação, o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, ressalta que “a reabertura da negociação é uma vitória da greve, mas o fato de a Fenaban apresentar uma proposta que não contemple ganho real é muito ruim”. Agora, aos bancários, só interessa fortalecer a greve até garantir a vitória. A paralisação já é a maior desde 2004.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, ressalta que a proposta é incompatível com os lucros obtidos pelos bancos. “O índice oferecido continua sem repor a inflação, sem dúvidas um prejuízo aos bancários que terão perda do poder aquisitivo. Assim, a greve continua. A Fenaban novamente frustra as expectativas dos trabalhadores e da sociedade”.
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