O governo cubano informou nesta quarta-feira, 14, que está se retirando do programa social Mais Médicos do Brasil após declarações “ameaçadores e depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que anunciou mudanças “inaceitáveis” no projeto do governo. O convênio com o governo cubano é feito entre Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). “Diante desta realidade lamentável, o Ministério da Saúde Pública (Minasp) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa Mais Médicos e assim comunicou a diretora da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa”, anunciou a entidade em um comunicado.
Diante da confirmação do fim do Programa Mais Médico, o município de Itapitanga que está entre os 363 municípios baiano assistidos pelo programa, será prejudicado, pois o médico cubano Dr. Ramon Reyes, que atende no Posto de Saúde do Bairro do Texaco, deverá ser chamado a voltar para sua terra natal, Cuba. Dr. Ramon atende dois turnos (matutino e vespertino) no PSF, cumprindo a carga horária de atendimento exigido pelo Ministério da Saúde para os profissionais da medicina s contratados pelo Programa Mais Médico.
A saída de cubanos do programa Mais Médicos é vista pelo secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, como uma ameaça para os municípios baianos.De acordo com ele, ao longo de cinco anos de existência na Bahia, mais de 5,6 milhões de pessoas beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês e uma cobertura de 72% da Atenção Básica. Atualmente, o estado possui 1.522 médicos do Programa, que estão alocados em 363 municípios. Deste total, 846 são cubanos.
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