sexta-feira, 23 de novembro de 2018

POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA OPERAÇÃO “SEM FUNDO”; NA BAHIA SÃO CUMPRIDOS 15 MANDADOS DE PRISÃO

Foto Divulgação
Foi deflagrada hoje (23) pela Polícia Federal (PF), a 56ª Fase da Lava Jato, chamada de Operação Sem Fundos, que tem como alvo ações criminosas em todo o processo de construção da sede da Petrobras, em Salvador. Segundo a PF, as investigações indicam a ocorrência de superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia.
As investigações apontam ainda esse superfaturamento foi direcionado para “viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras e dirigentes da Petros, além de terceiros com eles mancomunados. Tudo isso em prejuízo à estatal e ao fundo de pensão investidor, este mantido mediante patrocínio da própria Petrobras e das contribuições de seus empregados”, diz nota da PF. 
Ao todo, 22 mandados de prisão foram expedidos por suspeita de desvios na construção da sede da Petrobras na Bahia. Chamado de Torre Pituba, o edifício de 22 andares foi construído com recursos da Petros e tinha o objetivo de ser alugado pela companhia.
De acordo com o MPF, o custo estimado do projeto foi de R$ 1,3 bilhão. Mas desse montante, pelos menos R$ 68 milhões teriam sido desviados em pagamento de propina.
Entre os alvos de prisão preventiva, estão os ex-presidentes da Petros, Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa, o dirigente do fundo de pensão, Newton Carneiro da Cunha, e o ex-dirigente petista Valdemir Garreta, responsável pelo marketing de campanhas eleitorais do partido. Um terceiro ex-presidente do fundo, Wagner Pinheiro, foi ainda alvo de buscas, por suspeita de ter recebido cerca de R$ 2,5 milhões em propina através de uma empresa de fachada.
Essa é a primeira fase da Operação Lava Jato, autorizada pela juíza Gabriela Hardt, que substitui o juiz Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba.
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