O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), admitiu nesta quarta-feira (7) a possibilidade de manter o status de ministério da CGU (Controladoria-Geral da União). Inicialmente, a equipe do capitão reformado estudava a junção da pasta à Justiça, que será assumida pelo juiz da Lava Jato, Sergio Moro.
"Já demos um passo e talvez seja mantido o status de ministério [da CGU]. Mas não é pela governabilidade, é para que a gente possa apresentar realmente resultado. Talvez tenhamos que manter a Controladoria com status de ministério", afirmou ao deixar um encontro na manhã desta quarta com dirigentes da Aeronáutica.
Trata-se de novo recuo de Bolsonaro sobre a composição de seu governo. Antes do período eleitoral começar, ele prometeu reduzir a estrutura atual da Esplanada, de 29 ministérios, à quase metade, 15. Ainda durante a campanha, ele admitiu subir o número de pastas para 16, depois do segundo turno, para 17 e, agora, já reconhece que pode contar com 18.
"Pode aumentar. O que nós temos que ter são os ministérios, são esses órgãos todos funcionando, sem interferência política", afirmou.
Bolsonaro vem enfrentando dificuldades para manter as fusões anunciadas em vários dos ministérios, caso de Agricultura e Meio Ambiente. A junção das duas pastas foi alvo de críticas tanto por parte de ambientalistas quanto de ruralistas.
Outro ponto que causa divergências inclusive na equipe que compõe seu núcleo duro é a união do MDIC (Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior) à Economia, pasta que será assumida por Paulo Guedes.
"Deu confusão aí Ministério do Meio Ambiente e Agricultura. O que não pode é continuar tendo a briga que sempre teve entre eles. Isso que não pode continuar acontecendo. Queremos preservar o meio ambiente, sem problema nenhum, mas não pode ter esse atrito", afirmou.
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