A Bahia possui cerca de 15.500 médicos, marca que supera a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de um médico para cada mil habitantes. Apesar disso, muitos municípios baianos sofrem com a falta de profissionais que fixem residência. Com isso, o atendimento à noite e nos finais de semana é deficiente. Em geral, sobram vagas para estes profissionais nas unidades de saúde do interior, apesar das boas ofertas de salários. Mesmo salários de até R$ 25 mil para trabalhar três dias por semana não atraem os médicos.
Salários duas ou três vezes maiores que os dos prefeitos, casas cedidas pelas prefeituras e outras regalias prometidas, nem sempre são suficientes para atrair médicos para os municípios menores e mais distantes da capital. Mesmo tentadoras, sobretudo para profissionais em início de carreira, muitas vezes demora para ser preenchidas por diversos fatores, como a precária relação de trabalho, dificuldade em convencer a família, falta de oportunidade de qualificação, carência de infraestrutura hospitalar na região, etc.
MÁ DISTRIBUIÇÃO – Os médicos inscritos na Bahia estão distribuídos no território de forma irregular. Segundo dados levantados em abril de 2010 pelo Cremeb, há quase 15.500 médicos em atividade no estado, sendo que 10.250 deles trabalham em Salvador e região metropolitana, onde residem cerca de 3,8 milhões de pessoas. Como a Bahia possui mais de 14,021 milhões de habitantes, observa-se que 66% dos profissionais de medicina exercem a profissão onde vive apenas um quarto da população.Cia da Notícia
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