A casa onde viveu o escritor baiano Jorge Amado em Itabuna, quando garoto, não existe mais. A pequena residência de uma porta e duas janelas, ficava em Ferradas, distrito da zona rural de Itabuna, no Sul da Bahia. Conforme verificou reportagem do jornal Correio, no local só restou a placa anunciando um museu, da Prefeitura, promessa de 1982 até então descumprida. Hoje, uma placa antiga tapa a visão do que ruiu, informando sobre as instalações do museu. O escritor e poeta itabunense Cyro de Mattos, 72 anos, presidente da Fundação Itabuna de Cultura e Cidadania (Ficc), revela haver um ressentimento por que, quando a obra do romancista surgiu para o mundo, Itabuna acabou descrita como um tipo de “fiofó” do mundo, enquanto a arquirrival cidade vizinha, Ilhéus, era enaltecida. “Há ainda o fato de que muitos dizem que Jorge negava ser itabunense. Isso não é verdade. Ele deixou depoimentos falando sobre sua terra natal. A confusão vem do fato de que Ferradas já pertenceu a Ilhéus”, salienta.
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