sexta-feira, 24 de novembro de 2017

SALVADOR, NATAL E FORTALEZA LIDERAM RANKING DE VIOLÊNCIA FÍSICA CONTRA AS MULHERES NO NORDESTE

Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil ( Foto: SPM)
Pela primeira vez, estudo faz ligação da violência doméstica no Nordeste brasileiro, com foco entre gerações, vulnerabilidades raciais e socioeconômicas e incidência sobre a saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos das mulheres. Pesquisa inédita é da Universidade Federal Ceará e do Instituto Maria da Penha, financiada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e apoio do Instituto Avon. Divulgação marca campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
NOs 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres trazem para o Brasil o debate urgente sobre o investimento, a continuidade e o aperfeiçoamento de políticas e serviços essenciais a mulheres em situação de violência em apoio à implementação da Lei Maria da Penha. De acordo com a pesquisa, 27% de todas as mulheres com idades entre 15 e 49 anos já foram vítimas de violência doméstica ao longo da vida e 17% das nordestinas foram agredidas fisicamente pelo menos uma vez na vida. As cidades de Salvador, Natal e Fortaleza ostentam o título negativo de cidades mais violentas ao longo da vida das mulheres, em termos de violência doméstica física, com prevalência de 19,76%, 19,37%, e 18,97%, respectivamente. (Veja Tabela 7, p8).
Nos últimos 12 meses, 11% das mulheres nordestinas foram vítimas de violência psicológica, enquanto 5% sofreram agressões físicas e 2% violência sexual no contexto doméstico e familiar. Dentre as nove capitais investigadas, a violência psicológica foi identificada por 16% das mulheres entrevistadas em Natal; a violência física, por 7% das mulheres de Maceió; e a violência sexual, por 4% das mulheres de Aracaju.
Os dados fazem parte da Pesquisa Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, que entrevistou 10 mil mulheres, representativas de 5 milhões de mulheres que vivem nas nove capitais do Nordeste. Em Maceió (69%) e Recife (53%) a frequência da violência doméstica desponta com incidência considerável (às vezes, frequente ou sempre) nos últimos 12 meses (ver tabela 8, p.10). Fonte ONU Brasil.
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