quarta-feira, 18 de setembro de 2013

MST COMPARA DILMA A GEISEL E AVISA: VAI RADICALIZAR

Visto como aliado do governo da presidente Dilma Rousseff, o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – resolveu partir para a oposição. E com direito a radicalizações. Reunião de 300 dirigentes do movimento concluiu que o melhor para a reforma agrária é suspender o diálogo com o governo e partir imediatamente para a ação. Um plano para invasões de latifúndios improdutivos está sendo traçado para ser deflagrado em outubro. Ao mesmo tempo, irá às ruas e ao campo a campanha "Dilma, cadê a reforma agrária?", com o qual o MST pretende realizar uma série de manifestações pelo País.
Para o coordenador nacional João Paulo Rodrigues, a reforma agrária, no governo Dilma "é o pior no Brasil desde o governo Geisel".
Pelos números do MST, a atual administração federal é a que menos desapropriou imóveis rurais para fazer a reforma agrária nos últimos 20 anos. Na primeira metade do mandato de Dilma, 86 áreas foram destinadas para assentamentos, segundo o MST. Comparado ao mesmo período das administrações anteriores desde o governo Sarney (1985-1990), o número supera só o de Fernando Collor (1990-1992), que desapropriou 28 imóveis em 30 meses, segundo o MST. Em 2008, ocorreram 243 desapropriações no País. No primeiro ano do governo Dilma foram 58 e, no ano passado, 28.
Em 2013, não foi registrada nenhuma desapropriação, de acordo com o movimento. Em 2008, havia 70 mil famílias assentadas. O número foi caindo. Em 2009 eram 55 mil; em 2010, 39 mil; em 2011, 22 mil; e no ano passado, 23,1 mil. Do ponto de vista do MST, há no País mais de 180 milhões de hectares classificados como grande propriedade improdutiva.
"Governo Dilma abandonou a Reforma Agrária", afirma Alexandre Conceição. Brasil 247.
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