Luiz Mendes - sentado de casaco amarelo "Comentarista da palavra fácil" |
Internado desde o dia 18 de outubro, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital São Lucas,, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, Luiz Mendes morreu após complicações decorrentes de uma leucemia linfocítica crônica, segundo informou a assessoria. O comentarista já sofria há muitos anos com o diabetes. Antes de o estado se agravar, Mendes já não saía mais de casa. Mas participava do "Enquanto a bola não rola", mesa-redonda da Rádio Globo aos domingos, e tinha um quadro chamado "Da pelada ao Pelé" no "Globo Esportivo", programa apresentado por José Carlos Araújo nos fins de tarde, de segunda a sexta.Em "Da pelada ao Pelé", Mendes contava suas principais lembranças do mundo do futebol.
Torcedor do Grêmio e do Botafogo - o clube alvinegro já decretou luto oficial de três dias -, Luiz Mendes teve uma trajetória intimamente ligada à história do rádio e da TV. Afinal, das 19 Copas do Mundo, participou simplesmente de 16. Ficou fora apenas das de 1930, 1934 e 1938 por ainda ser garoto. Mas em 1950 já era o locutor que narrou com a voz embargada o gol de Gigghia no Maracanazo da Copa de 1950, quando o Uruguai bateu o Brasil por 2 a 1 na final e deixou o país em profunda tristeza.
Por mais de 60 anos, Luiz Mendes iniciava suas transmissões, seja como locutor ou comentarista esportivo, com o conhecido bordão "Minha gente..." Era a forma que encontrava para invadir com simplicidade e gentileza a intimidade dos ouvintes e também telespectadores. Não à toa, ganhou logo o título de "comentarista da palavra fácil". A fala mansa, direta, simples e segura caiu no gosto popular. E nesta quinta-feira(27), esse público que tanto aguardava suas opiniões perdeu uma das mais admiradas e poderosas vozes do rádio brasileiro.
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