Maternidade Mãe Pobre é mantida pela Fundação Fernando Gomes |
Os funcionários da Maternidade Ester Gomes, em Itabuna, retornam às atividades nessa quinta-feira (09), encerrando greve que paralisou a unidade por um mês. A decisão da categoria aconteceu em razão do acordo fechado com a direção da unidade de saúde, depois de processo de mediação conduzido pelo Ministério Público do Trabalho. O acordo prevê o pagamento do salário de maio a todos os funcionários assim que a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) efetuar o pagamento de três faturas atrasadas, no valor de R$240 mil, o que está previsto para acontecer no próximo dia 15. A folha de junho deve ser quitada com as parcelas mensais de R$80 mil da Sesab.
No acordo, assinado na tarde desta quarta-feira (08) na sede do MPT em Itabuna, também está previsto que os dias parados não serão descontados e que os funcionários terão estabilidade no emprego por quatro meses, não sendo permitida qualquer retaliação aos grevistas. A procuradora Sofia Vilela, que conduziu o processo de negociação, informou que o desfecho positivo do impasse “foi a solução encontrada por vários setores envolvidos, demonstrando maturidade para negociar e encontrar uma solução que reduzisse os fortes reflexos do movimento para a sociedade de todo o sul do estado”.
A procuradora destacou a reunião prévia realizada na manhã desta quarta na sede do Ministério Público Estadual de Itabuna, com a participação do promotor de justiça Patrick Pires da Costa, do secretário de Saúde de Itabuna, Danilo Barros Cardoso e de outros envolvidos na questão. “Pela manhã, conseguimos costurar as bases do acordo, que finalmente fechamos no encontro da tarde, na sede do MPT. Conseguimos uma solução que permite à Maternidade reabrir e voltar a ter receita e dá aos trabalhadores a garantia do recebimento dos salários atrasados dentro de mais alguns dias”, pontuou a procuradora.
A Maternidade Ester Gomes é mantida pela Fundação Fernando Gomes e enfrenta dificuldades financeiras por conta do atraso nos repasses da Sesab e pela falta de convênios com outros municípios da região sul, já que atende a população de toda a região, mas só tem convênio com Itabuna. Os funcionários cruzaram os braços no último dia 9 de junho por falta de pagamento de salários. Para chegar ao acordo, o município prorrogou em um mês o desconto de R$30 mil de parcelas devidas pela maternidade.
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