Deflagrada na Bahia, em Minas Gerais e São Paulo no dia 13 de julho, a operação da Polícia Federal contra desvios de recursos federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), denominada Operação Águia de Haia, levou a prefeita Emiliana Assunção, do município de Camamu, um dos 25 investigados no Estado, a afastar o próprio irmão, secretário de Finanças, e a secretária Andrea Rita Lima Ramos Rocha, da pasta de Educação e Cultura. O rombo chega a R$ 57 milhões. O afastamento em caráter preventivo foi publicado no Diário Oficial de anteontem e teve o objetivo de colaborar, também, com a sindicância instaurada administrativamente para investigar a contratação da empresa KBM. A empresa está sob suspeita de desvio de verbas públicas destinadas a educação e é um dos principais objetos da investigação pela Polícia Federal na Bahia e nos outros estados. Quem assumiu a pasta de Finanças foi o ex-corregedor geral do município, Leandro Fonseca Pereira. A pasta da Educação e Cultura permanece sem titular.Conforme a PF, que cumpriu 96 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva nos estados investigados, a operação visa desarticular a organização criminosa que desviava recursos do Fundeb e forjava licitações com a ajuda de funcionários públicos mediante propina. As investigações apontam, ainda que a organização atuava desde 2009, tendo iniciado as atividades em São Paulo. Na Bahia, estabeleceram a base em 2010. A operação na Bahia revelou, além ds desvios, a existência de uma tabela feita pelos empresários detidos com negociações entre eles, os prefeitos e os secretários de 25 municípios baianos. Integrantes da operação explicaram ainda que cerca de R$ 2 milhões era a quantia que fechava contratos superfaturados com a KBM, do paraibano Kells Belarmino Mendes. (Tribuna da Bahia)
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