O número de casos de sífilis na Bahia saltou de 1.911, em 2012, para 9.900 no ano passado. O aumento foi de 518%, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Boa parte desses casos está em Salvador: foram 3.597 ocorrências de sífilis na cidade em 2018. Em 2010, foram apenas 10, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
No Brasil, oficialmente, a doença só passou a ser de notificação compulsória em todas as formas a partir de 2014. Em nota, o Ministério da Saúde informou que mudou a forma de notificação da sífilis em setembro de 2017, justamente para evitar subnotificação.
Mas uma realidade é ainda mais preocupante – quando a doença infecta gestantes e bebês. Em 10 anos, de 2008 a 2018, a sífilis em gestante cresceu mais de 808%, em todo o país. As ocorrências, que eram 7.304, pularam para 59.022.
Na Bahia, o aumento foi ainda maior: de 293 casos em 2008 para 3.647 no ano passado. Ou seja, um acréscimo que passa dos 1.244%.
A técnica do programa estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)/AIDS, Aliucha Magalhães diz que a sífilis “nunca foi uma doença rara, mas aumentou muito”. Para ela, o crescimento da sífilis está diretamente ligado à evolução do vírus da AIDS, o HIV. Ainda que não se tenha chegado à cura, o tratamento avançou muito. Do Correio
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