É com essa intenção que o ex-presidente FHC, principal alvo das críticas do PT no programa eleitoral, desafiou Lula para uma conversa cara a cara, após ele entregar o cargo de presidente, "puser o pijama"- foi o a sugestão que ele ançou, nesta quinta-feira(14) em um evento promovido pelo PSDB em São Paulo - mas sem a presença de José Serra .
Dizendo-se vítima de mentiras, FHC disse que Lula foi mesquinho ao não reconhecer o legado do PSDB e assumir a paternidade da estabilidade da moeda.
"Estou calado há muitos anos ouvindo. Agora, quando o presidente Lula vier, como todo candidato democrata eleito, de novo, perder a pompa toda, perder o monopólio da verdade, está desafiado a conversar comigo em qualquer lugar do Brasil. No PT que seja", discursou FHC.
Segundo FHC, não é para enumerar as ações de cada governo. "É para ter firmeza, olhando cara a cara do outro, ver dizer as coisas que diz fora do outro. Quero ver o presidente Lula que votou contra o real, que fez o PT votar contra o real, dizer que estabilizou o Brasil. Não precisa disso. Lula fez coisas boas, que reconheço. Agiu bem na crise atual, financeira. Para que, meu Deus, ser tão mesquinho? É isso que eu quero perguntar para ele. Por que isso, rapaz? Você pegou uma boa herança. Usou. Aumentou. E o Serra vai usar as duas. Vai usar as duas. Vai fazer mais."
Tomando o cuidado de afirmar que o pijama seria transitório, FHC sugeriu uma conversa entre os dois, a exemplo das visitas que fazia a Lula em São Bernardo do Campo.
"Presidente Lula, terminadas as eleições, quando você puser o pijama, não sei o que vai por, o que vai fazer, será bem recebido. Venha ao meu instituto. Vamos conversar cara a cara", disse.