domingo, 28 de outubro de 2012

O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA – PARTE II

13. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder.
14. Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
15. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
16. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do “Elogio da Loucura” , de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.
17. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.
18. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência,por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
19. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas…
20. Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.
21. É um paradoxo angustiante!
22. Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.
23. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues… “Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra”.
24. O problema é que os inteligentes gostam de brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres!…
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