Governos de países da União Europeia poderão impedir que homens gays doem sangue, desde que determinadas regras sejam obedecidas, de acordo com o Tribunal de Justiça da União Europeia. O caso chegou à corte após recurso do cidadão francês Geoffrey Leger, proibido de doar sangue em seu país. O tribunal europeu entendeu que a legislação francesa "discrimina contra homens homossexuais com base em sua orientação sexual", o que fere a lei europeia. No entanto, declarou-se que esse tipo de medida é permitido nos casos em que haja altos riscos de que um doador possa transmitir doenças contagiosas, desde que não esteja disponível nenhum outro método para proteger recipientes de sangue. O caso foi reencaminhado para a Justiça francesa para que passe por novos estudos. Diversos países banem homens gays de doar sangue alegando que esses doadores constituem um grupo de risco devido à sua alta exposição a DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) —em muitos casos, essa proibição foi imposta durante a crise da Aids. No entanto, ativistas e grupos médicos dizem que esse tipo de proibição não é mais justificável, dados os avanços nos exames para o vírus HIV. No Brasil, uma portaria do Ministério da Saúde considera inaptos para a doação de sangue homens que tenham tido relações sexuais com outros homens nos 12 meses anteriores.
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