O governador Rui Costa reuniu o secretariado nesta quinta-feira (27) para discutir medidas de contenção de despesas para serem implantadas nos próximos meses. "Nós estamos cortando orçamento para manter o equilíbrio fiscal e investimentos para os baianos”, disse Rui, que classificou a determinação como “um sacrifício adicional para que a população que mais precisa não seja impactada neste final de ano". No encontro realizado na Governadoria por quatro horas, Rui ressaltou ainda que o decreto publicado este mês que determina máxima contenção e redução com terceirizados, diárias, viagens e aluguel de veículos, prevendo economia de R$ 250 milhões para este mês. Rui ainda pediu que os secretários fossem criativos para superar as dificuldades e elencar medidas internas para atingir as metas estabelecidas. O secretário da Fazenda, Manoel Vitório, destacou que a finalidade da economia é manter a máquina funcionando, garantir o pagamento dos salários em dia e o nível de investimento do Estado. Vitório ressaltou que o estado sofre com os reflexos de um quadro nacional de retração na economia, aumento do desemprego e da inflação. O titular da Sefaz afirmou ainda que a pasta está frustrada com a transferência de recursos de convênios: a previsão era de receber R$ 1,7 bilhão do governo federal, mas foi contabilizado apenas R$ 200 milhões em 2015. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), também contrariou as expectativas, passando de 10% para 5,7%. O governo estadual também esperava repasse de 8% do Fundo de Participação dos Estados (FPE), mas o percentual foi de 6,3%. “Estamos fazendo um esforço muito grande para manter a regularidade fiscal. Vamos apertar ainda mais as contas nesse final de ano”, afirmou Vitório, acrescentando que 15 dos 27 estados brasileiros atrasaram os salários, grupo no qual não está incluída a Bahia.
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