O tragédia na cidade de Mariana no último dia 5 de novembro é a maior da história em termos de volume de material despejado por barragens de rejeito de mineração. Segundo o jornal O Globo, o caso na cidade mineira causou o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama. O segundo maior acidente do gênero aconteceu na mina canadense de Mount Polley, na Colúmbia Britânica, no dia 4 de agosto de 2014. De acordo com o pesquisador Marcos Freitas, coordenador executivo do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), as barragens da empresa Samarco liberaram uma quantidade de rejeito 2,5 vezes maior que no Canadá. Para o pesquisador, a área entre Minas Gerais e Espírito Santo que foi atingida pela lama vai levar no mínimo dez anos para recuperar, mas em alguns lugares a situação é irreversível. "Não podemos estimar agora o tempo e o dinheiro que custará a recuperação. Vai depender de cada área e será caro. A região existente no raio de uns 30 quilômetros da área das barragens, por exemplo, pode estar perdida. Está coberta por camada espessa de lama. A recuperação será tão cara que pode se mostrar inviável financeiramente. Quando a lama secar, vai se tornar terra endurecida, um chão de ferro, uma terra de ninguém", explica Freitas.
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