sexta-feira, 1 de março de 2019

NO CARGO HÁ DOIS MESES, MORO RECUA E SOFRE DERROTAS APÓS ORDENS DE BOLSONARO

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, coleciona, em dois meses no cargo, derrotas e recuos, obrigados a serem feitos publicamente após ordens do presidente Jair Bolsonaro. É o que aponta um levantamento feito e divulgado hoje (1°) pelo jornal Folha de S. Paulo.
A mudança mais recente ocorreu ontem (28), quando o ministro precisou voltou atrás na nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó, indicada para ser suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, do Departamento (CNPCP). Ela já havia se posicionado contrariamente à candidatura de Bolsonaro e, além disso, divergia do governo em temas como armamento e política de drogas.
Antes disso, as mudanças forçadas já aconteciam. Segundo a publicação, em janeiro, Moro tentou, nos bastidores, se desvincular da autoria do decreto que flexibilizou a posse de armas ao afirmar que estava apenas cumprindo ordens do presidente. Sua sugestão de limitar o registro a duas armas por pessoa foi ignorada, e o número ficou em quatro.
Outro revés sofrido por Moro em decorrência de ordens do Planalto foi na proposta de criminalização do caixa dois, elaborada por ele, que vai tramitar separadamente do restante da PL anticrime.
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