Com a aprovação da Lei Ficha Limpa, que tem a finalidade de barrar nas eleições os candidatos condenados por decisão de mais de um juiz, de iniciativa da sociedade, diga-se de passagem, uma outra mobilização popular, conseguiu incluir no Código Eleitoral a punição a políticos que tentam ganhar as eleições comprando votos.
Lavada ao Congresso com quase 1 milhão de assinaturas de brasileiros de todo o país, a Lei da Compra de Votos definiu a perda do mandato como pena máxima para quem tentar trocar o voto do eleitor por dinheiro ou outros benefícios.
Segundo a Movimento de Comabte à Corrupção-MCCE, desde o inicio da lei, nas eleições de 2000, até o ano passado, mais de 900 políticos já perderam seus mandatos por arrecadar votos ilegalmente.
De fato, já há um avanço considerável em relação ao tempo, mesmo com uma Justiça lenta e com a impunidade que sempre persistiu. Mais a verdade é que já há um sentimento que passa a tomar conta dessa situação e a sociedade quando passa a se conscientizar da gravidade e das consequencias de se vender o voto, consegue comparar e aí sim, percebe que o voto vale muito mais e que vale por quatro anos.
Enquanto isso, aguardamos uma mudança na legislação brasileira, pois a forma que os candidatos arrecadam recursos e prestam contas na Justiça Eleitoral, colabora para a sensação de impunidade de quem desrespeita a lei.
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