Era dado como certo que a Presidenta Dilma Rousseff, por mais que tentasse mostrar que não cederia às pressões dos deputados e senadores, sobre a prorrogação das Emendas Parlamentares - restos a pagar de 2009 - não resistiria muito e acabaria cedendo, como aconteceu nesta quarta-feira(29) ao prorrogar o prazo para pagamento dessas emendas - obras já iniciadas - por mais três meses, pois, os deputados da base ameaçavam parar as votações caso a medida não fosse tomada. As emendas pendentes representam cerca de R$ 4,8 bilhões, um luxo para o Governo Federal, que no início do ano planejou economizar R$ 50 bilhões. O decreto presidencial que estava em vigor, a partir de hoje, cancelaria todas emandas de obras ainda não iniciadas. Foi o suficiente para tirar a presão sobre os alicerces do Palácio do Planalto e tentar fazer às pazes, mesmo, que momentaneamente com a sua base parlamentar.
É, no meio das feras e dos interesses partidários, nem sempre prevalece a questão técnica em primar pelo equilibrio fiscal. Pode ter certeza que a porta depois de aberta para fechar vai dar trabalho.
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