Mais da metade dos convênios assinados pelo governo federal têm um "padrinho" no Congresso que, com emendas ao Orçamento da União, repassa dinheiro para prefeituras, órgãos estaduais e entidades privadas. Levantamento inédito feito pelo Estadão Dados mostra que, dos 20,9 mil convênios assinados desde 2011, 58% (12,1 mil) são vinculados a emendas que parlamentares fizeram ao Orçamento. Essas emendas destinaram R$ 5,4 bilhões para as bases eleitorais de deputados e senadores, dos quais R$ 1,38 bilhão já foi desembolsado. O rateio dos convênios por partido mostra que os governistas PMDB, PT, PP e PR foram, nesta ordem, os principais beneficiados pelas verbas que já chegaram ao destino final. Quando se considera o valor pago por parlamentar, o PT cai para o sétimo lugar, enquanto o PP assume a ponta, seguido por PR, PTB, PC do B, PMN e PMDB. O ministério que mais liberou recursos para convênios vinculados a emendas é o da Saúde, controlado pelo PT. É também nesta pasta que a oposição se sai melhor: juntos, PSDB e DEM liberaram 23% das verbas para convênios, apesar de os partidos concentrarem apenas 19% dos parlamentares. Informações do Estado de S. Paulo.
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