segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

PF DEFLAGRA OPERAÇÃO PARA INVESTIGAR OBRAS DA FONTE NOVA; EX-GOVERNADOR É UM DOS ALVOS

A Operação Cartão Vermelho, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (26), cumpre mandado na casa do ex-governador Jaques Wagner (PT), gestor na época da demolição da antiga Fonte Nova, alvo da ação. Segundo informações da Polícia Federal, os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e estão sendo cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos envolvidos em um esquema que envolve os crimes de fraude a licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a apuração da operação, batizada de Cartão Vermelho, a licitação que culminou com a Parceria Público Privada nº 02/2010 foi direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), composto pelas empresas Odebrecht e OAS. De acordo com laudo pericial, a obra foi superfaturada em valores que podem chegar a mais R$ 450 milhões de reais após correção, sendo grande parte desviado para o pagamento de propina e o financiamento de campanhas eleitorais. 

ACUSAÇÃO DA PF 
O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) é suspeito de receber R$ 78,5 milhões de propina e doação não declarada fruto de irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão da Arena Fonte Nova. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (26) pela Polícia Federal no âmbito da Operação Cartão Vermelho que busca suspeitos de envolvimento na fraude a licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. Wagner é o atual secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia. O inquérito foi iniciado em 2013 e partiu de um estudo da Universidade Federal da Bahia que apontou irregularidades, entre elas que a Parceria Público Privada (PPP) não era vantajosa para o estado. 

RUI COSTA SAI EM DEFESA DE WAGNER
O governador Rui Costa (PT) criticou, na manhã desta segunda-feira (26), a operação Cartão Vermelho, deflagrada pela Polícia Federal contra um suposto esquema de superfaturamento no contrato da Arena Fonte Nova. 
"Uma operação casada com a visão midiática, da propaganda negativa em ano eleitoral, o que só reafirma essa tendência de parcialidade no processo de investigação", apontou Rui. 
O governador também defendeu o ex-governador Jaques Wagner, que comandava o estado na época em que o contrato foi firmado. "Eu tenho absoluta confiança na lisura de tudo que foi feito, eu conheço o ex-governador há mais de trinta anos e tenho certeza que processo de investigação comprovará a lisura de tudo", afirmou. 
"Eu acho que ninguém está acima da lei, todos os brasileiros merecem ser tratados dentro da lei. Acho que esta medidas de exceção, midiáticas precisam ter um limite pela própria Justiça. Se um material precisa ser recolhido para dar seguimento a uma investigação, não precisa ser feita de forma midiática e a TV chegar antes de quem vai fazer a operação", alfinetou. 
A delegada da PF, Luciana Matutino Caires, responsável pela operação, disse que a Polícia Federal pediu a prisão preventiva de Wagner e Bruno Dauster (atual Secretário da Casa Civil do governo do estado da Bahia), a mas justiça federal negou, alegando que não havia motivos para isso. 
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