A matéria que ilustra a capa da Revista Veja, veiculada no dia 4 de maio nas bancas do país, e que revelaria a rotina do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, foi desmentida em nota pelo órgão na noite da última sexta-feira (5).
De acordo com o comunicado divulgado, o repórter Thiago Bronzatto, que assinou a matéria, não teve acesso a nenhuma área restrita do prédio após “Minucioso exame das imagens de circuito interno de segurança” e que “informações constantes na reportagem são equivocadas e imprecisas”.
Após a veiculação da reportagem, o Partido dos Trabalhadores chegou a requerer uma convocação com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para explicar como um repórter da revista teria acesso ao ex-presidente em pleno cárcere, ferindo assim os direitos de Lula.
“Expõe publicamente, de maneira sensacionalista, as condições internas da prisão onde se encontra o presidente Lula, violando, indevidamente, sua intimidade”, afirmou a nota do partido.
A revista Veja e a Editora Abril, responsável pela publicação, ainda não se manifestaram após o comunicado da Polícia Federal desmentindo o acesso do repórter.
Confira a nota da Polícia Federal:
“Em relação à publicação da revista VEJA, em 04/05/2018, de matéria intitulada “A VIDA NO CÁRCERE”, assinada pelo jornalista Thiago Bronzatto, que trata da suposta rotina do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência Regional da PF em Curitiba, esclarecemos que:
1. Minucioso exame das imagens de circuito interno de segurança permite verificar que o autor da matéria não teve acesso à área restrita ao Ex-Presidente.
2. Grande parte das informações constantes na reportagem são equivocadas e imprecisas. É absolutamente falso, por exemplo, que seja administrada insulina ao custodiado.
3. O jornalista esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia.
4. As circunstâncias que envolvem possível circulação do jornalista por outras alas do prédio, após a mencionada reunião, já estão sendo apuradas.
Comunicação Social da Polícia Federal no Estado do Paraná
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