Para a médica cubana Ramona Rodriguez, que deixou o Mais Médicos no último sábado (1º), o programa não resolve os problemas de saúde pública no país, pois falta estrutura nos hospitais e postos para onde foram enviados. A médica disse que em Pacajá (PA), onde trabalhava, não havia instrumentos e remédios necessários para atender a população adequadamente. "É preciso medicação, instrumentos. Isso faltava, o que dificultava muito o nosso trabalho", afirmou ao G1 nesta quinta-feira (6). Ramona criticou, ainda, o formato do programa. . "Acho que Brasil precisa de mais médicos, mas só isso não basta. Tem que ter infraestrutura que permita ao profissional da saúde fazer o atendimento. Não é só com a palavra, com as mãos, que se pode curar o outro", disse. A cubana relatou, ainda, que tinha restrição de liberdade quando estava em Pacajá, e que devia informar a um supervisor qualquer amigo ou relação mais séria que tivesse, além de precisar de autorização para passear pela cidade ou sair do município. Ela também teme pela família,que ficou em Cuba, e diz que não pode mais voltar ao país. "Quero trabalhar para ganhar a vida. Se eu voltar a Cuba vou ser presa. Prisão perpétua talvez. Por falar demais”, disse.
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