quinta-feira, 5 de abril de 2012

ITABUNA: PROFESSORES DEFLAGRAM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Insatisfeitos com a proposta do governo municipal de reajuste salarial de apenas 15% para os níveis II e III, parcelados em duas vezes, sendo 8% pagos no mês de abril e os outros 7% no mês de outubro, a categoria de professores da rede municipal de Itabuna, por votação, decidiu hoje em assembléia pela deflagração de greve por tempo indeterminado, com início das paralisações na próxima segunda-feira (09/04).
A assembléia extraordinária aconteceu no auditório da União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME e contou com a presença da Diretoria do Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna – SIMPI, do Consultor Jurídico da entidade, Dr. Tadeu Cincurá, bem como da participação maciça dos professores da rede. Durante a discussão, os professores lançaram novas propostas, defenderam a valorização do profissional da educação e o cumprimento do plano da carreira, bem como da lei do piso, que prima pela linearidade salarial a todos os níveis e classes, no sentido de valorizar a qualificação, formação e experiência dos professores, pois, conforme compreendido em assembléia, não é coerente que professores com graduação e especialização ganhem reajuste inferior a um professor com formação inicial e menos tempo de serviço.
A proposta de greve por tempo indeterminado, defende os 22,22% diretos ou a aplicação parcelada de 10,11% para o mês de abril e 12,11% para o mês de julho. Diante dessa realidade, o SIMPI já acionou o executivo para a retomada das negociações na segunda-feira, momento em que a categoria estará se articulando e desenvolvendo ações de conscientização social.
O secretário da Educação, Gustavo Lisboa, disse que não há recurso novo para pagar reajuste de 22,22% para todos os níveis. Segundo ele, o aumento rejeitado pela categoria é o maior já oferecido até agora pelo município.
O comunicado oficial da greve por tempo indeterminado, ainda não foi feito ao Secretário, entretanto, ele fez um alerta aos professores: o prazo para enviar á Câmara qualquer projeto de aumento salarial vai até o dia 10, por causa da legislação eleitoral. A partir desse prazo, o município só poderá discutir reposição de perdas salariais, que neste ano fica em torno de 6,5%.
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