sábado, 2 de fevereiro de 2013

RENAN É ELEITO PRESIDENTE DO SENADO

Cinco anos depois de renunciar ao cargo sob acusações de corrupção, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reconduzido ontem à presidência do Senado, por voto secreto, dizendo que "ética é obrigação de todos". Sem surpresas e com votos inclusive da oposição, que havia anunciado apoio à candidatura de Pedro Taques (PDT-MT), o peemedebista foi eleito por larga maioria: 56 a 18, com dois votos brancos e dois nulos. Aliados de Renan contabilizaram sete traições no PSDB, o que garantiu a vaga da 1ª Secretaria da mesa diretora para o tucano Flexa Ribeiro (PA).Diante do risco de o Supremo Tribunal Federal aceitar denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e abrir inquérito para investigar se Renan usou notas frias para justificar seu patrimônio (ver matéria na 4), o novo presidente do Senado já tem articulação montada para arquivar eventuais processos contra ele no Conselho de Ética. Ele escolheu a dedo o futuro presidente do órgão: João Alberto (PMDB-MA), homem de confiança de José Sarney (PMDB-AP), e que já presidiu o conselho. A tropa de choque de Renan já está com discurso e estratégia prontos. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o peemedebista só não pode presidir o Senado se for condenado pelo STF: "É um assunto vencido, mas, se chegar ao Conselho de Ética, arquivamos. Renan só não pode ser presidente do Senado se for condenado pelo Supremo".
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